Leandro Daiello Coimbra

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Leandro Daiello
Leandro Daiello Coimbra
Leandro Daiello Coimbra
Nome completo Leandro Daiello Coimbra
Nascimento 19 de fevereiro de 1966 (58 anos)
Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Ocupação Advogado
Principais trabalhos Diretor chefe da Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato

Leandro Daiello Coimbra, (Porto Alegre,[1] 19 de fevereiro de 1966) foi, de 14 de janeiro de 2011[2] a 8 de novembro de 2017,[3]diretor-geral do Departamento de Polícia Federal do Brasil,[4] que ganhou notoriedade pelos trabalhos da Polícia Federal na Operação Lava Jato. Ocupava anteriormente o cargo de superintendente da Polícia Federal em São Paulo.[5] Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e com MBA em Gestão de

Segurança Pública pela Fundação Getúlio Vargas. [6] Aposentou-se na Polícia Federal e passou a atuar como advogado com inscrição principal na OAB do Rio Grande do Sul e inscrição suplementar em São Paulo. [7]

Diretor da Polícia Federal[editar | editar código-fonte]

Foi o mais longevo diretor da Polícia Federal desde a redemocratização.[8] Foi nomeado no mandato da presidenta Dilma Rousseff pelo então ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Em entrevista, Daiello disse que sua nomeação era inesperada. "Estava nomeado para ser adido da PF em Roma. Minha mulher falando italiano, meu cachorro com chip para ir embora. O Cardozo nunca me contou porque me convidou." Em outra entrevista, o ex-ministro José Eduardo Cardozo explicou: "Leandro tinha feito um excelente trabalho à frente da Polícia Federal em São Paulo, e seu nome era muito bem referenciado por advogados, membros do Ministério Público e juízes. Fiz duas entrevistas e fiquei muito bem impressionado". [9]

Discurso de posse[editar | editar código-fonte]

Leandro Daiello, durante seu discurso de posse, disse que iria enfatizar o combate à corrupção, à lavagem de dinheiro e ao tráfico de armas. Para isso, a PF deverá “fortalecer a Academia de Polícia, a gestão de pessoal, capacitação, consolidação do sistema de inteligência, o fortalecimento das parcerias, a inserção internacional, a qualidade da prova e uma corregedoria forte”.[10]

Operação Lava Jato[editar | editar código-fonte]

Em julho de 2015, Daiello afirmou ao Estadão que não tem interferência do ministro da Justiça na atuação da PF. Discreto e de poucas palavras, Leandro Daiello disse ao que, mesmo que as investigações cheguem perto da até então presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e de suas campanhas, isso não muda nada na Lava Jato e ninguém estará livre de ser investigado.[11] Entretanto, sua idoneidade entra em xeque no final de maio de 2017 devido ao seu contato suspeito com Aecio Neves.[12]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Desagrado dos agentes[editar | editar código-fonte]

Uma pesquisa feita pela Fenapef em 2013 com 1.732 policiais apontou que 89% deles achavam que havia "controle político" nas investigações; 90% classificavam a gestão de Daiello como ruim ou péssima.[14]

Uso controverso de policiais federais[editar | editar código-fonte]

Em 2013, a PF contava com aproximadamente 13 mil servidores, incluindo os delegados. Desses, 3,5 mil servidores, entre os quais investigadores, foram deslocados especificamente para o esquema de segurança da Copa das Confederações. Os homens da PF foram usados, por exemplo, como guarda-costas do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e do secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, no período em que eles estiveram no Brasil.[15]

Advocacia[editar | editar código-fonte]

Após aposentadoria na Polícia Federal passou a trabalhar como advogado na área de compliance e investigação empresarial no escritório Warde Advocacia.[8]

Referências

  1. Priscilla Mendes (14 de janeiro de 2011). «Leandro Coimbra assume como diretor-geral da PF». R7.com. Consultado em 29 de março de 2016. Arquivado do original em 27 de abril de 2016 
  2. Fábio Tito. «Leandro Daiello Coimbra é anunciado novo diretor da PF». G1. Consultado em 28 de março de 2016 
  3. Macedo, Fausto (8 de novembro de 2017). «Fernando Segóvia diretor da PF». Estadão Blogs Fausto Macedo 
  4. «Unidades Centrais - Departamento da Polícia Federal». Polícia Federal. Consultado em 28 de março de 2016. Arquivado do original em 4 de abril de 2016 
  5. Associação dos Delegados de Polícia Federal. «Leando Daiello Coimbra é anunciado novo diretor da PF». Jusbrasil. Consultado em 30 de maio de 2017 
  6. «Equipe». warde.com.br. Consultado em 10 de outubro de 2020 
  7. «CNA - Cadastro Nacional dos Advogados». cna.oab.org.br. Consultado em 10 de outubro de 2020 
  8. a b «Presidente representa vontade popular e é quem escolhe a chefia da PF, diz Daiello». Consultor Jurídico. Consultado em 10 de outubro de 2020 
  9. «Operadores do ordenamento jurídico falharam com a "lava jato", diz Cardozo». Consultor Jurídico. Consultado em 10 de outubro de 2020 
  10. Elza Fiuza. «Diretor-geral da PF Leandro Daiello Coimbra promete combater corrupção e tráfico de armas». Revista Brasilia. Consultado em 28 de março de 2016 
  11. «"Lava Jato prossegue, doa a quem doer"». Estadão. 4 de julho de 2015. Consultado em 28 de março de 2016 
  12. «Aécio pressionou diretor da PF para ter acesso a investigações da Lava Jato - Notícias - R7 Brasil». noticias.r7.com. Consultado em 1 de junho de 2017 
  13. «LAVA JATO PROSSEGUE, DOA A QUEM DOER!». Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado de São Paulo. Consultado em 28 de março de 2016. Arquivado do original em 9 de abril de 2016 
  14. «Crise política: Fachin se diz suspeito, e Rosa Weber vai analisar pedido de Lula contra Mendes». Noviodadenew. Consultado em 28 de março de 2016 
  15. Wilson Lima (6 de agosto de 2013). «Brigas internas e estratégia do Planalto travam operações da PF contra corrupção». iG. Consultado em 29 de março de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

«Entrevista do Diretor geral da PF Leandro Daiello Coimbra para o Cartão de Visita, da Record News» 

Precedida por
Luiz Fernando Corrêa
Diretor-Geral da Polícia Federal do Brasil
2011 – 2017
Sucedida por
Fernando Segovia